No novo livro, autora dialoga com dois estudantes negros que, independente das condições financeiras ou sociais, compartilham as experiências vividas em formato de cartas fictícias
A chuva deu uma trégua no final desta quinta-feira (22) para o lançamento de mais um livro da educadora, escritora, pesquisadora e ativista, Bárbara Carine. Intitulado “Querido estudante negro” o evento foi realizado no Quadrilátero da Biblioteca Central, nos Barris. Após o sucesso de “Como ser um educador antirracista”, a ativista compartilha experiências pessoais repletas de tensões sociais e raciais.
No novo livro, Bárbara dialoga com dois estudantes negros que, independente das condições financeiras ou sociais, compartilham as experiências vividas em formato de cartas fictícias. “São histórias de ficção, mas, ao mesmo tempo, as histórias narradas pela jovem negra são todas histórias da minha vida. Então, na realidade, é uma ficção que eu diria que é autobiográfica”, contou a educadora e influencer.
Para Daudi Akil, estudante oriundo de escola pública e bolsista em escola particular de Salvador, existe uma ansiedade de receber o autógrafo da autora e de ler o livro que segura firme nas mãos. “Já tô muito ansioso para ler esse livro. Eu tenho certeza que vai ter muita batalha aqui dentro porque, hoje em dia, viver numa sociedade dessa forma é horrível. Ser negro já é uma coisa difícil, imagina pra uma mulher negra? Aqui tem parte da história de vida dela, então deve ter sido muita batalha, inclusive, pra publicar o livro”, explicou o jovem estudante.
Com quase 400 mil seguidores nas redes sociais, a intelectual conversou com o público que lotou o Quadrilátero da Biblioteca. Ela explicou que no livro a ideia é mergulhar na complexidade da formação de subjetividades negras e que traz a perspectiva de uma psicopedagogia com leitura racial. Ao final Bárbara contou que já tem outro livro no forno, que parou para escrever “Querido estudante negro”, mas já retomou a escrita. Em breve, mais novidades!