Artistas voltam a se apresentar em 2024, no Carnaval soteropolitano

Responsável por lançar hits atemporais como “Prefixo de Verão”, “Baianidade Nagô” e “Protesto do Olodum”, a Banda Mel comemorará 40 anos de história em 2024, no Carnaval de Salvador. Os hinos do grupo serão apresentados nos dois principais circuitos em um trio sem cordas, para a pipoca, tendo Márcia Short e Robson Morais à frente do trio.
No domingo (11), o desfile é no circuito Barra/Ondina. Na segunda (12), o trio sobe rumo ao Campo Grande e a dupla de cantores se apresenta para os foliões do centro, que vão reviverão canções de sucesso, como “Crença e Fé”, que ainda hoje entram no ranking de músicas mais tocadas no país no segmento de shows, de acordo com dados do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição).
“A Banda Mel foi e é o grande amor da minha vida! Foi ela que me apresentou ao Brasil. Foi a oportunidade do meu cantor ecoar, algo que me deu muita alegria e me fez chegar até aqui. Foram quatro anos bem vividos, um tempo que me deu um olhar para eu ver o que realmente queria fazer com a minha voz dentro da música. É uma alegria retomar o repertório da Banda Mel, reencontrar esse público e poder dialogar com uma nova geração sobre essa música, trazer esse repertório para dialogar com novas sonoridades, com o que se conversa hoje”, declarou Márcia Short.
A cantora segue comentando a importância da renovação na cena musical, assim como ter representatividade na arte. “Trazer o legado de Neguinho do Samba, dos blocos afro, para uma leitura atualizada de banda, sem ficar presa à nostalgia; e também ajudar a cena a se renovar, toda cena artística precisa de novos talentos, de renovação. Quero ser representativa para novas meninas negras, novas cantoras. Se eu cheguei até aqui, elas podem chegar também”.
Robson Morais, 56, credita parte do sucesso de canções da banda ao seu canto. “Sou um romântico e gosto de cantar com o coração, de me entregar à canção. Acho que parte do sucesso atemporal de ‘Prefixo de Verão’ e de ‘Baianidade Nagô’, além das duas serem grandes composições, claro, deve-se ao meu jeito suave de cantar. Eram músicas desaceleradas, diferentes do que se fazia na axé music carnavalesca da época”, explica.
“Sinto-me feliz pela história que ajudei a construir na Banda Mel. Foi ótimo ter participado durante três anos do grupo e, agora, fico feliz em poder reativar e dar sequência ao legado do qual eu e Márcia nos orgulhamos tanto”, diz o artista.