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Assassinato de Marielle Franco e Anderson completa 6 anos sem resposta

Caso segue em investigação pelo Ministério Público e a Delegacia de Homicídios do Rio e Polícia Federal.

Foto: Mídia Ninja

14 de março. Há seis anos, esta data ficou marcada na história do Rio de Janeiro e do Brasil. A vereadora Marielle Franco foi executada na região central da capital fluminense. O motorista dela, Anderson Gomes, também morreu. Familiares, amigos e sociedade perguntam até hoje: quem mandou matar Marielle e Anderson?

Nesses 6 anos tirados deles — e ainda não se sabe a mando de quem e por quais motivações —, Marielle não viu Luyara, a filha, se preparar para a formatura neste ano; não conheceu a sobrinha caçula, Eloah, filha de Anielle, que veio ao mundo em julho de 2020; não viu a irmã se tornar ministra, em janeiro de 2023; tampouco pôde vibrar com a cura da mãe, Marinete, diagnosticada com um câncer de mama meses após o atentado e em remissão desde o ano passado. A morte prematura, aos 38 anos, anulou também um projeto de família que estava sendo construído ao lado da companheira, Mônica.

Anderson não acompanhou o crescimento do filho; não soube detalhes da doença da criança, a onfalocele, uma malformação congênita e rara da parede abdominal, diagnosticada em 2018; e não esteve presente na entrega das chaves da primeira casa própria, em outubro do ano passado — um sonho nutrido com a mulher, Agatha.

As investigações no primeiro ano do caso levaram à prisão de dois executores: o policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de fazer os disparos; e o ex-policial militar Élcio de Queiroz, que dirigia o carro usado no crime. Eles seguem presos desde 2019, e aguardam o julgamento por júri popular.

O caso continua sob investigação do Ministério Público, da Delegacia de Homicídios do Rio e da Polícia Federal.

Para Mônica Benício, viúva de Marielle, a participação de agentes federais, no último ano, gerou desdobramentos importantes, como a delação de Élcio de Queiroz, na qual admitiu ter dirigido o veículo e apontou Ronnie Lessa como atirador.

Mônica Benício reforça que o assassinato de Marielle foi um crime político e que o Estado brasileiro deve essa resposta à sociedade. Marinete Franco, mãe de Marielle, disse, em entrevista à TV Brasil, que assim como ela, muitas mulheres, especialmente periféricas, não têm o direito de descansar.

Além de Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, também responde pela morte de Marielle e Anderson. Ele teria participado da troca de placas do veículo usado no assassinato, além de descartar as cápsulas e munições usadas no crime e ter feito o desmanche do carro.

O Ministério Público pediu que Suel também seja levado à júri popular, como os outros dois envolvidos.

Foto: Arquivos pessoais da família.

Ações em memória de Marielle Franco e Anderson Gomes:

Nesta quinta (14), dia que marca os seis anos do assassinato da vereadora, a Praça Mauá (RJ) recebe o festival Justiça Por Marielle e Anderson, com diversas atrações, todas gratuitas, das 17h às 22h. O evento é organizado pelo Instituto Marielle Franco, criado pela família da socióloga.

A programação conta com shows de Delacruz, Ebony, Evy, Kae Guajajara, Os Garotin, Preta QueenB Rull, Thiago Elniño, Urias  e Yoùn, além de uma apresentação do grupo Dance Maré, espaço de recreação infantil e oficina de bordado.

O 14M, como é chamado o dia de manifestações políticas e artísticas, começa às 10h, a Igreja Nossa Senhora do Parto, próxima à estátua de Marielle no Buraco do Lume, no Centro, recebe a tradicional missa em memória dos dois.

As homenagens, que acontecem pelo Brasil e em outros países, também serão realizadas na Câmara Municipal de Salvador. Uma sessão especial no Plenário Cosme de Farias terá início às 18h. Haverá transmissão ao vivo pela Rádio Câmara (105.5 FM) e pela TV Câmara – no canal aberto e digital 12.3, pelo portal www.cms.ba.gov.br e pelo Facebook/@tveradiocamara.

Antecedendo à sessão na câmara, uma manifestação acontece às 16h30 na Praça Castro Alves. Realizada pelo quarto ano consecutivo, a sessão especial Justiça por Marielle é fruto de uma construção coletiva entre o mandato das Pretas por Salvador (PSOL) e instituições.

Com informações de SalvadorFM e G1 Rio.

Foto: Mídia Ninja

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