Barroso defendeu a democracia e disse que, na hora decisiva, as Forças Armadas não sucumbiram ao golpismo
Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), foi empossado como presidente da Corte e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nesta quinta-feira (28). O magistrado passa a ocupar os postos deixados pela ministra Rosa Weber, que será aposentada compulsoriamente em razão da idade.
A cerimônia que também deu posse ao ministro Edson Fachin como vice-presidente do STF e do CNJ foi realizado em Brasília e contou com a presença de Maria Bethânia, que interpretou o Hino Nacional.
Entre os quase 1,2 mil convidados, estavam o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).
Durante discurso, Barroso falou sobre os ataques golpistas do 8 de janeiro, em Brasília, e o trabalho das instituições em defesa da democracia com apoio da sociedade.
“Em todo o mundo, a democracia constitucional viveu momentos de sobressalto, com ataques às instituições e perda de credibilidade. Por aqui, as instituições venceram, tendo ao seu lado a presença indispensável da sociedade civil, da Imprensa e do Congresso Nacional. E, justiça seja feita, na hora decisiva, as Forças Armadas não sucumbiram ao golpismo. Costumamos identificar os culpados de sempre: extremismo, populismo, autoritarismo… E de fato eles estão lá”, afirmou Barroso.
“Mas a recessão democrática fluiu, também, pelos desvãos da democracia: as promessas não cumpridas de oportunidades, prosperidade e segurança para todos. As democracias contemporâneas precisam equacionar e vencer os desafios da inclusão social, da luta contra as desigualdades injustas e do aprimoramento da representação política”, concluiu.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil