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Após virar samba-enredo da Portela, Livro ´Um Defeito de Cor´ esgota nas livrarias

Os carnavalescos Antônio Gonzaga e André Rodrigues desenvolveram a canção tema baseada na obra homônima

O livro Um Defeito de Cor, da escritora mineira Ana Maria Gonçalves, esgotou o estoque no site da Amazon nesta terça-feira (13), depois do desfile da escola de samba Portela, no Rio de Janeiro, inspirado pela obra. A dupla de carnavalescos Antônio Gonzaga e André Rodrigues desenvolveram a canção tema baseada na obra homônima (confira a letra abaixo).

Com o aumento da procura, o livro disparou para o mais vendido na categoria “Livros” do e-commerce. Quem quer comprar a obra, agora depende da resposição de estoque – a previsão de entrega disponibilizada é para abril.

No site da editora, Record é possível encontrar um aviso de estoque indisponível. A obra está disponível via sebos e de segunda mão, além de outras livrarias on-line, como a Dois Pontos.

Um Defeito de Cor é um romance histórico narrado do ponto de vista de Kehinde, que é sequestrada ainda criança do continente africano ainda criança. Também é conhecida como Luisa Mahin, Kaehinde foi figura de destaque na Revolta dos Malês, em Salvador, além de ser mãe do abolicionista Luiz Gama.

No desfile da Portela, Luiz Gama foi representado por Lazaro Ramos, Paulo Vieira, o ministro Silvio de Almeida, mestre Nilo Sérgio e Thiago Caetano, em diferentes momentos.

Confira a letra do samba:

O samba genuinamente preto

Fina flor, jardim do gueto

Que exala o nosso afeto

Me embala, oh! mãe, no colo da saudade

Pra fazer da identidade nosso dialeto

Omoduntê, vim do ventre do amor

Omoduntê, pois assim me batizou

Alma de Gege e a justiça de Xangô

O teu exemplo me faz vencedor

Sagrado feminino ensinamento

Feito águia corta o tempo

Te encontro ao ver o mar

Inspiração a flor da pele preta

Tua voz, tinta e caneta

No azul que reina Yemanjá

Salve a lua de Bennin

Viva o povo de Benguela

Essa luz que brilha em mim

E habita a Portela

Tal a história de Mahin

Liberdade se rebela

Nasci quilombo e cresci favela!

Orayeye oxum, Kalunga!

É mão que acolhe outra mão, macumba!

Teu rosto vestindo o adê

No meu alguidar tem dendê

O sangue que corre na veia é Malê!

Em cada prece, em cada sonho, nêga

Eu te sinto, nêga

Seja onde for

Em cada canto, em cada sonho, nêgo

Eu te cuido, nêgo cá de onde estou

Saravá Keindhe! Teu nome vive!

Teu povo é livre! Teu filho venceu, mulher!

Em cada um nós, derrame seu axé!

Fonte: Correio

Foto: Ricardo Moraes/Reuters

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