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Amordivino Filmes relança marca com projetos que narram histórias da comunidade negra

Com um portfólio inovador e comprometido com a representatividade, a produtora fundada pela cineasta Tais Amordivino comemora momento no cenário audiovisual

A Amordivino Filmes, produtora baiana fundada pela cineasta premiada Tais Amordivino, vive um novo momento amplificando sua atuação para o cenário nacional. Após quase quatro anos de trajetória marcada por um portfólio diverso e impactante, a empresa realiza o relançamento de sua marca que reflete uma nova fase, mais conectada às suas raízes ancestrais e voltada para a construção de um cinema ainda mais inclusivo e plural. Criada em 2021, a produtora comemora o momento de consolidação, com os recentes lançamentos assinados pela CEO Tais Amordivino, cineasta e documentarista com uma carreira de 12 anos, que co-dirigiu o longa-metragem antológico ‘Insubmissas’, coprodução com Daza Filmes, exibido na première do Festival do Rio 2024, e é autora e diretora da série ‘Golaço delas – Talentos escondidos’, obra que aborda o futebol feminino na Bahia.

Com o compromisso de contar histórias de relevância artística, social e cultural, a produtora traz um olhar mais afiado para questões como a ancestralidade, a luta pela inclusão de gênero e o protagonismo das populações periféricas e negras. “Neste novo momento, quero mais do que nunca reforçar o meu compromisso com o cinema negro, potente e afetuoso, contudo, podendo falar de todas as coisas com muita sabedoria e respeito. O relançamento é uma forma de me projetar no mundo com mais intensidade e com a força do ferro do Orixá que me guia a continuar construindo narrativas poderosas e transformadoras. Amordivino Filmes é afeto e força de Ògún”, explica a diretora documentarista, Tais.

Conectando de forma mais profunda às suas origens e à força de suas referências culturais, além de sua proposta estética e técnica, a produtora é fortemente inspirada pela força do orixá Ogum – patrono das batalhas e da abertura de caminhos, o que a impulsiona a desbravar novas narrativas e territórios na indústria audiovisual. As questões de identidade e a valorização dos saberes ancestrais se tornam ainda mais centrais no discurso da empresa, que se inspira na filosofia e nos princípios dos orixás para guiar seus projetos. Entre os recentes trabalhos desenvolvidos pela produtora, destacam-se ‘Registros da Ausência’ (longa de ficção em desenvolvimento), Dilma Mendes – Futebol e Raça, Manifesto Pagodão, entre outros.

SetAmordivino

A Amordivino Filmes se destaca por sua forma de operar, com a criação de um ambiente afetivo e cuidadoso no set de filmagens, conceito denominado SetAmordivino pela própria Tais. “Esse conceito criado por mim tem como finalidade promover um ambiente afetivo. Procuro uma relação transparente e direta com cada profissional, reconhecendo que o sucesso de um set de filmagem depende da colaboração de todos e que não é possível realizar esse trabalho sem transparência e comunicação afetiva” afirma.

A personalidade da CEO ocupa muitos espaços e promove um diferencial importante no modo como lida com sua equipe e parceiros de trabalho durante as gravações. O conceito envolve ainda a construção de um ambiente de filmagem afetuoso e colaborativo, onde todos os profissionais envolvidos são respeitados e valorizados não apenas pela técnica e talento, mas também pela energia positiva e cuidado com as relações humanas.

Conheça Tais

Mulher preta, periférica e sapatão, a roteirista e diretora documentarista é ‘nascida e criada’ no Cabula, “o maior quilombo de Salvador”, como gosta de destacar. Entre as obras mais recentes de Tais Amordivino estão “Davi – Um Cara Comum da Bahia” (Globoplay, 2024), o longa biográfico sobre a jogadora Formiga ‘Miraildes Mota – A Lendária Formiga’ (HBO Max, 2025 – Janela do Mundo). Tais é co-realizadora do festival Itinerante de Cinemas Negros – MIMB e recentemente seu curta-metragem “A Menina que queria voar” (Ori Imagem) foi selecionado no conceituado 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Vale destacar que a cineasta ficou conhecida no mercado cinematográfico com o premiado documentário “Motriz” (Canal Brasil), exibido em mais de 30 festivais nacionais e internacionais, além de dez premiações.

Em desenvolvimento, ‘Manifesto Pagodão’ aborda música e identidade do pagodão baiano. Série documental inédita, explorando um dos ritmos mais representativos e efervescentes do país, apresenta um verdadeiro testemunho da força cultural da Bahia e do impacto transformador do ritmo musical. Além dessas produções, Tais já prepara novos projetos no campo da biografia e da música, que em breve serão anunciados. A cineasta se auto intitula como uma ‘Diretora Sonora’ por se preocupar excessivamente com a sonoridade dos seus filmes. “Eu sempre fui muito musical, se não fosse cineasta, seria “musgueira”, como definiu o mestre Gilberto Gil, para classificar quem trabalha com música”, finaliza.

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