Abertura do evento, que deve receber 80 mil pessoas em quatro dias de evento, aconteceu na Tenda Paraguaçu, localizada as margens do Rio Paraguaçu
Na manhã desta quinta-feira (26), foi dada a largada com o primeiro dia de um universo de livro e leitura apresentado pela Festa Literária Internacional de Cachoeira, Flica 2023. A cidade que fica a 121 km de Salvador, é conhecida por abrigar um dos maiores eventos literários do Brasil e celebra em 2023, a sua 11º edição.
A abertura do evento aconteceu na Tenda Paraguaçu, localizada as margens do Rio Paraguaçu e a solenidade contou com a presença de estudantes, professores e um público que começa a formar o contingente de 80 mil pessoas – esperado para os quatro dias de evento.
Também estiveram presentes na mesa de abertura, a Vanessa Dantas – coordenadora executiva da Flica; Jomar Lima – coordenador geral da Flica; – Oseas Jesus – representante do Ministério da Cultura; Vladimir Costa – diretor geral da Fundação Pedro Calmon/SecultBA; Rosemberg Pinto – deputado estadual; Fabiola Mansur – deputada estadual; Eliana Gonzaga – Prefeita de Cachoeira; Bruno Monteiro – secretário estadual de cultura e Adélia Pinheiro – secretária estadual de educação.
Para Vanessa Dantas, a Flica está, mais uma vez, reforçando a importância da abordagem destas pautas, tão importantes, quanto a presença das mulheres, ao longo da história cívica da Bahia. “Este ano, estamos trazendo um novo olhar sobre as mulheres, a partir de nomes nacionais e internacionais, que são importantes e reforçam a força e amplitude que a Flica tem para o sociocultural do país”.
A secretária de Educação, Adélia Pinheiro, reforçou a importância do evento para o fortalecimento da cadeira do livro e da leitura. “Cachoeira acolhe a grande festa da literatura, leitura e artes. A Flica é referência mundial nas discussões sobre a literatura, em especial na região do Recôncavo”, comenta a gestora.
Nesta mesma linha, o deputado estadual Rosemberg Pinto, reforça que são iniciativas como a Flica, que asseguram o fortalecimento da cultura baiana, assim como o acesso da população a um conteúdo diverso, transversal e importante.
Um dos objetivos do evento, é promover uma dinâmica de interação entre os artistas locais, com outros artistas da Bahia, do Brasil e do Mundo, além de fomentar a cadeia produtiva do livro, da cultura, do turismo, da economia criativa/solidária, da sustentabilidade, entre outras vertentes. Os curadores da edição de 2023, também destacaram o desafio de montar uma programação para um evento acompanha a Flica desde 2011.
Para Mírian Reis, a grade e os nomes da Flica são resultados da diversidade e de toda troca ocorrida, desde processo inicial. “A programação foi pensada por uma curadoria coletiva e que traz um grande trabalho, de debater de forma democrática, acessível”. Mírian ainda destaca que é o financiamento do Governo do Estado da Bahia quem vem tornando possível a realização de uma 11º edição da Flica, assim como a realização de outras inúmeras iniciativas no campo da leitura.
A Flica 2023 é realizada pela Fundação Hansen Bahia (FHB) em parceria com a CALI – Cachoeira Literária, conta com a parceria da TV ALBA, da Prefeitura de Cachoeira, tem como livraria oficial a LDM, a CNA é a Internet oficial da FLICA e patrocínio ACELEN, Teiú, Bahiagás, Governo do Estado da Bahia, Caixa e Governo Federal.
PROGRAMAÇÃO
Abrindo os quatro dias de mesas e de debates, a Tenda Paraguaçu deu o pontapé inicial com a mesa “Caminhos de luta, Estradas de Fé: Poéticas da resistência”. O momento marcou a estreia de Dona Dalva no espaço principal do evento, acompanhadas por Berenice Borges dos Santos, mais conhecida como “Mãe Biu” e Yakuy Tupinambá – da comunidade Indígena do Povo Tupinambá/BA e mediada por Rosane Viana Jovelino.
De acordo com Yakuy Tupinambá, estão surgindo novas aberturas que tratem da questão indígena no Brasil. “Eu sou de etnia Tupinambá de Olivença e historicamente, nós fomos catequizados desde o início da invasão e desde então passamos por processos de genocídio, etnocídio e sem direito a voz sem mostrar o rosto”.
Até dia 29, estão garantidas as atividades como debates, apresentações e intervenções artísticas, encontros literários, lançamentos de livros, sessões de espetáculos, contação de histórias, apresentações literárias, exibição de conteúdos audiovisuais e apresentações de filarmônicas.
Entre os destaques da programação, estão as presenças confirmadas da cubana Teresa Cárdenas, dos jornalistas Emiliano José, Jean Willys e Ricardo Ishmael, das doutoras Feibriss Cassilhas e Leda Maria Martins, do compositor Tiganá Santana, dos escritores Deko Lipe e Estevão Ribeiro, da doutora Mille Caroline Rodrigues Fernandes ‘Maykesi, do poeta Eliane Marques e do ilustrador Yaguarê Yamã. Também estão confirmadas as presenças da escritora de ficção e tradutora, Marilene Felinto, que além de atuar como jornalista, é colunista da publicação digital Gama; Luciany Aparecida, que também é autora do livro de poemas Macala, da peça Joanna Mina. Também está confirmada nesta 11ª edição da Flica, Elisa Larkin Nascimento, mestre em Direito e Ciências Sociais pela Universidade do Estado de Nova York; Auritha Tabajara, escritora, cordelista e contadora de histórias indígenas.
CURADORIA
A curadoria da Flica é formada por Mírian Sumica, Luciana Brito, Jocivaldo dos Anjos e Clara Amorim (Duca). Nesta edição, a curadoria artística está sendo realizada por André Reis e a curadoria dos Autores Baianos pela professora Dyane Brito. A Coordenação Geral é de Jomar Lima (CALI – Cachoeira Literária) e a Coordenação Executiva é com Vanessa Dantas (Fundação Hansen Bahia).
Serviço
Flica 2023
Onde: Cachoeira – BA
Quando: 26 a 29 de outubro de 2023