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“A Menina que Queria Voar” estreia em festivais de cinema em Brasília, ampliando as vozes do cinema negro baiano

Curta-metragem destaca a representatividade e a preservação da cultura afro-brasileira no audiovisual

Foto: Divulgação

O curta-metragem de ficção “A Menina que Queria Voar” será exibido em emblemáticos festivais de cinema na capital federal. A primeira exibição acontecerá no 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, nos dias 6 de dezembro, às 10h, e 7 de dezembro, às 9h30, no Cine Brasília. O filme também integra a Mostra Calanguinho, no 12º Festival de Curta de Brasília, com sessões nos dias 13 e 15 de dezembro, ambas às 10h.

O curta, do gênero drama, narra a história de Lila, uma criança negra apaixonada pelas palavras. Aos onze anos, ela registra em seus cadernos a vida que compartilha com sua mãe Bete e seu irmão Ian.  O filme tem duração de 20 minutos e, em meio a tantos escritos e desejos, um sonho inusitado de Lila desperta inquietação em seu irmão e fortalece ainda mais o laço de afeto que envolve sua relação com a mãe. Trata-se de um curta-metragem poético e de sensibilidade predominante, que estimula a escrita na infância.

Segunda roteirista e diretora do curta, Tais Amordivino, é emocionante acompanhar essa dupla seleção para festivais tão importantes como o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e o Festival de Curta de Brasília. “Sinto uma alegria imensa em saber que essa história, que nasceu lá atrás, com tanto cuidado e amor, está alcançando espaços de destaque no cinema nacional e internacional”. Taís ainda destaca que “é uma conquista e reafirma a potência do cinema preto, independente e a força das nossas narrativas”.

Distribuído pela Aya Distribuição, o projeto da produtora Ori Imagem surge da necessidade de difundir conteúdos que ampliem o espaço de distribuição para as produções audiovisuais negras, especialmente as realizadas na Bahia. Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.

Sobre a Aya Distribuição

A Aya tem como propósito fortalecer a cultura afrobrasileira no audiovisual, garantindo que histórias e perspectivas negras ganhem o reconhecimento e o respeito que merecem. O símbolo Aya representa resistência e, valores refletidos em cada obra distribuída. A distribuição dos curtas-metragens não é apenas sobre exibir obras, mas também sobre preservar a cultura longe dos estereótipos, plantando a semente para que as futuras gerações mantenham viva nossa herança cultural.

“Dentro da Aya contamos com parceiros distribuidores que cuidam de cada filme da Ori, contribuindo para que os filmes cheguem em muitos lugares, não somente festivais, mas tenham alcance de um amplo público”, destaca Ailton Pinheiro, idealizador do projeto. Ele ainda complementa dizendo que “essas colaborações são direcionadas para todos os superação espaços de exibição, ampliando o alcance de nossas produções para diferentes públicos. Um exemplo marcante dessas parcerias é que no filme A Menina que Queria Voar, cuja distribuição foi realizada em parceria com a Corpo Fechado, uma distribuidora de destaque no audiovisual negro liderada por Uilton Oliveira”.

O projeto apresenta uma oportunidade poderosa de levar nossas histórias para diferentes contextos, reforçando temas como representatividade e visibilidade em espaços diversos. É crucial promover representatividade para uma parcela da população que, historicamente, foi marginalizada e subrepresentada na indústria cinematográfica.

Ailton ainda explica que “a Ori tem como propósito ampliar nossas vozes, criando filmes com excelência artística e estética, mas que carreguem o nosso sotaque e identidade. Permitir que vozes e perspectivas negras sejam ouvidas e valorizadas é essencial para a construção de uma sociedade mais plural, onde o povo preto protagonize seu próprio caminho”.

Permitir que vozes e perspectivas negras sejam ouvidas e apreciadas contribui para a construção de uma sociedade mais inclusiva e em que o povo preto protagonize seu próprio caminho. Ao distribuir esses curtas-metragens, a Aya promove a valorização dessas obras e proporciona um espaço para que mais produções semelhantes sejam reconhecidas, assim, criamos possibilidades para discussões, trocas e conversas transformadoras que contribuem para uma visão mais ampla e diversa do audiovisual Brasileiro.

Assista o teaser do filme:
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