Banda lança nova música no dia 13 de junho
Formada por Gato Preto, Vampy, Eduardo Escariz e Miguel Portugal a banda Pretos do Bairro nasce com o objetivo de conscientizar as comunidades através da música.
Em entrevista ao Portal Umbu, Gato Peto – músico, percussionista, produtor musical e um dos idealizadores do Pretos do Bairro – conta que, de primeira, a ideia da iniciativa foi bem aceita para quem ele apresentou.
“Quando eu apresentei esse projeto para algumas pessoas, elas entenderam logo o objetivo e isso foi muito bacana. Iran (Vampy), nosso baterista, ‘pirou’ na ideia. A mesma coisa quando mostrei para o Professor Nairo, nosso diretor musical, PC (Paulo César),que é o nosso técnico de som, fotógrafo e produtor, e para Eduardo (guitarrista) que abraçou o projeto. Então quando a gente chega com a proposta já pronta é mais fácil das pessoas entenderem e cair para dentro do trabalho”, conta Gato.
Sobre a escolha do nome, Gato conta que foi uma ideia dele com o músico, cantor e compositor Rafa Chagas. Para ele, é um nome ‘cheio de auto afirmação’.
“A gente dizia que era ‘os pretos do bairro’ antes de existir a banda. Então, a gente sabia que tinha uma um papel muito importante perante a sociedade e as nossas comunidades porque éramos os pretos do bairro, levando a música, a nossa arte, para o mundo, fazendo com que ele conhecesse o som que a gente faz nos bairros. Por isso Pretos do Bairro”, explica.
Segundo ele, as letras da banda, junto ao estilo do rock e o reggae percussivo, trazem as verdades de suas vivências, além de devolver às comunidades a sua contribuição cultural.
“O que a gente aprende nas nossas comunidades é a arte da música, principalmente a música percussiva, mas a gente não devolve isso para a comunidade. A Pretos do Bairro tem a obrigação de devolver isso através da informação, envolvendo a música e a arte, mostrando para o nosso povo o seu valor e a sua força”, revela Gato.
Vem lançamento por aí
No dia 13 de junho a banda lançará sua primeira música, “Cavaleiro da Lua”, nas plataformas digitais.
A música fala sobre como é viver em comunidade com a questão da marginalização do seu dialeto, por exemplo.
“As pessoas conseguem pegar os nossos termos, que são tão carinhosos, e colocar de uma forma pejorativa. Quando somos menores, nossas mães chamam a gente de neguinho ou neguinha e ai hoje em dia não pode mais, sabe?”, explica Gato.
Ele também reforça o uso do termo ‘bicho solto’, que se refere a alguém livre, mas que foi transformado em sinônimo de criminalidade.