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Brasil e China assinam acordo para impulsionar desenvolvimento regional sustentável

Foto: Alexandre Costa/MIDR

O Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, assinou, nesta segunda-feira (11), junto ao Vice-Ministro da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China, Wang Changlin, um Memorando de Entendimento que estabelece novas bases para o intercâmbio de experiências e a cooperação em políticas de desenvolvimento regional entre os dois países.

O memorando concretiza o consenso firmado entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping de elevar as relações bilaterais ao patamar de Comunidade Brasil–China de Futuro Compartilhado para um Mundo Mais Justo e um Planeta Mais Sustentável, com ênfase na interconectividade e no desenvolvimento regional sustentável.

Com o objetivo de fortalecer a atuação dos governos locais e melhorar a qualidade de vida da população, o acordo reconhece a importância de políticas e projetos voltados à redução das desigualdades territoriais. Nesse sentido, o ministro Waldez Góes ratificou a oportunidade estratégica de cooperação entre as nações chinesa e brasileira durante a cerimônia de assinatura do memorando, em Pequim.

“O Brasil e a China compartilham desafios e oportunidades semelhantes no enfrentamento às desigualdades territoriais e na promoção de um crescimento mais equilibrado entre diferentes regiões. Neste contexto, a cooperação bilateral representa uma oportunidade estratégica para o intercâmbio de experiências, conhecimentos técnicos e boas práticas em políticas públicas voltadas à inclusão territorial e à redução de desigualdades”, declarou Góes.

Áreas prioritárias do acordo

Como instrumento preliminar de negociação entre China e Brasil, o Memorando de Entendimento (MOU) elege áreas prioritárias nas quais os países têm a intenção de colaborar, estabelecendo princípios, objetivos e temas de interesse comuns.

Entre as áreas prioritárias do acordo estão o fortalecimento da cooperação subnacional, o incentivo a práticas de inovação regional, a otimização da distribuição de atividades produtivas, a governança ecológica de biomas e bacias hidrográficas, e a realização de Seminários Brasil–China sobre Políticas Regionais. Além disso, está prevista a promoção de estudos de caso, visitas técnicas e capacitações conjuntas, envolvendo regiões e províncias representativas para compartilhar experiências e soluções inovadoras.

O Vice-Ministro da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, Wang Changlin, afirmou, na ocasião, que a China, assim como o Brasil, é uma firme defensora do multilateralismo e está disposta a ampliar o intercâmbio de informações relacionadas a infraestrutura, desenvolvimento verde, e inovação científica e tecnológica.

“Nós estamos dispostos a ampliar nossa cooperação no cenário internacional. Vamos continuar a trocar nossas práticas e experiências sobre essa política de desenvolvimento regional. Espero que, no momento oportuno do próximo ano, realizemos o primeiro diálogo de alto nível sobre a cooperação de políticas de desenvolvimento regional entre a China e o Brasil”, afirmou Changlin.

O ministro Waldez Góes ressaltou que a parceria também abre espaço para ampliar o comércio de produtos da bioeconomia brasileira, com destaque para os que têm origem no Nordeste e na Amazônia. “O café já é muito conhecido, mas nós temos açaí, cupuaçu, cacau, que são produtos com potencial muito grande para esta relação comercial e estratégicos para o desenvolvimento regional. Além do café, temos azeite, coco e outros produtos muito conhecidos. Nós também esperamos que esses bons produtos possam levar para a China um mercado mais amplo”, completou o ministro.

Lula telefona para Xi Jinping

Em meio à nova política dos Estados Unidos de elevar as tarifas contra parceiros comerciais, o presidente Lula telefonou para o presidente da China, Xi Jinping, na noite desta segunda-feira (11), quando conversaram por cerca de uma hora.

Durante a conversa, os líderes também trocaram impressões sobre a atual conjuntura internacional e os recentes esforços pela paz entre Rússia e Ucrânia, na guerra que já dura mais de três anos.

Lula ainda reforçou a importância da participação chinesa na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30)], que ocorrerá em Belém (PA), em novembro deste ano.

A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse, em publicação na rede social X, que “as relações China-Brasil estão no seu melhor momento histórico, com um bom começo e um forte impulso na construção de uma comunidade sino-brasileira com um futuro compartilhado e no alinhamento de estratégias de desenvolvimento”.

“A China está pronta para trabalhar com o Brasil para dar o exemplo de união e força entre os principais países do Sul Global e construir um mundo mais justo e um planeta mais sustentável”, continuou.

Com informações da Agência Brasil

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