O desmatamento na Amazônia Legal aumentou 17,8% entre agosto de 2024 e março de 2025, totalizando 3.769 km² no período, segundos dados divulgados pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Além disso, a degradação florestal – que inclui queimadas e outras formas de danos ambientais – cresceu de forma alarmante, com um salto de 329%, passando de 5.010 km² para 21.182 km². Os dados apontam a pressão crescente sobre a floresta, mesmo diante de esforços recentes para a sua proteção.
O estado do Pará liderou em área desmatada, seguido por Mato Grosso, Amazonas e Rondônia. No entanto, o Amazonas registrou o maior aumento proporcional na degradação, com um crescimento de 1.377%, impulsionado por incêndios florestais agravados por uma estiagem severa.
Apesar dos dados do Inpe, governo nega o aumento.
A Amazônia, maior floresta tropical do mundo, tem sido alvo de exploração desde o ciclo da borracha no século XIX. No entanto, a escalada do desmatamento ganhou força a partir dos anos 1970, e nas últimas décadas registrou uma itensificação do desmatamento.
Entre 2019 e 2022, o desmatamento acumulado superou os 35 mil km². A degradação florestal, embora menos discutida, afeta a biodiversidade, o ciclo hídrico e o equilíbrio climático de maneira igualmente grave.
Segundo a pesquisadora do Imazon, Larissa Amorim, em entrevista ao g1, é importante agir com urgência para reverter os números.
“O crescimento observado em 2025 é um sinal de alerta. Estamos em uma janela de tempo que pode permitir a reversão desse cenário, onde as chuvas são mais frequentes na região. Logo, os distúrbios na floresta não são tão intensos quando comparamos com os meses mais secos, como de junho a outubro“.
Com informações do Portal Notícia Preta.