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Roda de Mulheres transforma o Batatinha Bar em palco de celebração ao samba feminino

Em homenagem ao Dia da Mulher Sambista, a tradicional roda evidencia a presença feminina na cena cultural do samba em Salvador

Foto: Divulgação

O que começou como uma comemoração de aniversário entre duas amigas transformou-se em um evento mensal de valorização das mulheres no samba. Assim nasceu a Roda de Mulheres do Batatinha Bar, idealizada pelas sambistas Patrícia Ribeiro e Clara Elisa. A celebração pontual virou parte do calendário cultural do espaço há quase dois anos, reafirmando o protagonismo feminino no samba.

Foi nesse clima de festa e resistência que o Batatinha Bar, localizado no Largo dos Aflitos, Centro de Salvador, comemorou o Dia Nacional da Mulher Sambista na noite de 12 de abril, por meio da tradicional roda. A data oficial, celebrada em 13 de abril, foi sancionada em 2024 e faz referência ao nascimento de Dona Ivone Lara — primeira mulher a compor um samba-enredo para uma escola de samba.

A Roda de Mulheres foi conduzida pela banda formada por Ella Beatriz, Geovana Franco, Juliana Almeida e Jake Cruz, além das idealizadoras Patrícia Ribeiro e Clara Elisa. Teve como convidadas especiais a cantora Josi Climaco — fundadora da banda Terreiro da Preta — e as artistas Raíssa Araújo e Maíra, onde o público acompanhou grandes sucessos eternizados por vozes femininas.

Gestora do Batatinha Bar, Patrícia Ribeiro destacou que o espaço se consolidou como um ponto de encontro para mulheres que cantam, dançam e tocam samba. “Fundamos essa roda na esperança de fortalecer o espaço da mulher no samba. Há uma real necessidade de uma casa de samba abraçar as mulheres sambistas e aqui é esse espaço para que possamos dançar, tocar e cantar samba”, reitera.

Clara Elisa também lembrou que o que era apenas uma comemoração de aniversário transformou-se em uma ação cultural contínua, voltada à valorização da produção artística de mulheres sambistas de Salvador e da Bahia. “Nossa roda é um espaço exclusivo para mulheres, aberto a artistas, cantoras, instrumentistas e poetas que queiram chegar e pedir a palavra. Aqui é um lugar agregador e importante para a cena cultural do samba em Salvador”, destaca Elisa.

A Roda de Mulheres acontece mensalmente no Batatinha Bar. A entrada custa R$20, e o espaço é aberto à participação de mulheres que queiram cantar, tocar ou recitar. O bar, que foi lar do sambista Oscar da Penha, o Batatinha, é atualmente gerido por uma mulher e conta com uma equipe majoritariamente feminina, sendo também um local acolhedor para o público LGBTQIAPN+, fortalecendo o samba como um espaço de diversidade, resistência e afeto.

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