Iniciativa pretende imunizar 27,8 milhões de estudantes

Começa nesta segunda-feira (14), nas escolas públicas de 5.544 municípios de todas as regiões do país, a campanha de vacinação que integra o Programa Saúde na Escola, dos ministérios da Saúde e da Educação, e tem como foco crianças e adolescentes de até 15 anos. A campanha tem encerramento previsto para 25 de abril.
Lançada na última semana, a campanha tem como objetivos:
ampliar a cobertura vacinal;
reduzir doenças que podem ser evitadas por meio da vacinação (imunopreveníveis);
combater a desinformação e informações incorretas que possam levar à recusa vacinal;
conscientizar sobre a importância da imunização.
A meta do governo federal é vacinar 90% dos estudantes de até 15 anos destas escolas, com aplicação de doses conforme a faixa etária de indicação. Serão aplicados os seguintes imunizantes:
febre amarela;
tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola);
DTp (tríplice bacteriana);
meningocócica ACWY;
HPV [Papilomavírus Humano].
A aplicação das vacinas do Programa Saúde na Escola será realizada exclusivamente por equipes do Sistema Único de Saúde (SUS). A participação dos alunos está condicionada à autorização dos pais ou responsáveis.
As imunizações poderão ocorrer dentro das próprias unidades de ensino e também nas unidades básicas de saúde, se os estudantes forem levados pela comunidade escolar até lá, mediante autorização prévia.
O ministro Alexandre Padilha explicou que as escolas devem avisar os pais e a comunidade escolar com cinco dias de antecedência sobre a visita da equipe de saúde para realização de atendimentos de saúde, como vacinação e ações de de saúde bucal.
Se as equipes de saúde identificarem na escola uma criança que precisa ser vacinada e, por exemplo, não tem o termo de consentimento dos responsáveis ou a caderneta de vacinação não foi enviada, os profissionais terão alternativas. “Se acontecer de os pais esquecerem de mandar a caderneta de vacinação, a família pode ficar tranquila porque pode ser atendida na unidade básica de saúde ou essa equipe [de saúde] vai até a casa dessa família para explicar a necessidade de vacinar essa criança”, disse o ministro.
Para custear a vacinação nas escolas públicas, o Ministério da Saúde destinou R$ 150 milhões, sendo R$ 15,9 milhões enviados para os estados e R$ 134 milhões destinados aos municípios. Os repasses serão feitos de acordo com o número de escolas de cada região, as dificuldades logísticas para entrega das doses e necessidades específicas.
Registro na caderneta
Uma novidade anunciada pelo Ministério da Saúde é que, a partir deste ano, as doses aplicadas nas escolas ou por encaminhamento escolar devem ser registradas na caderneta de vacinação com a opção “Vacinação Escolar”. O registro padronizado permitirá monitoramento mais preciso do impacto da iniciativa. “A vacinação nas escolas passa a ser reconhecida como estratégia específica de imunização”, disse em nota o Ministério da Saúde.
As informações são da Agência Brasil