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Ministério da Saúde não reconhece óbitos por febre oropouche na Bahia

Saúde ainda investiga um óbito ocorrido em Santa Catarina

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Ministério da Saúde não reconheceu que os óbitos ocorridos em Valença e em Itabuna, no sul da Bahia, tenham sido causados por febre oropouche. Ontem (23), a Secretaria de Saúde do estado (Sesab) confirmou duas mortes decorrentes da doença, como noticiamos aqui.

De acordo com o ministério, além das mortes na Bahia, um óbito também está sendo investigado em Santa Catarina. As informações são do jornal Correio.

Em nota, o Ministério da Saúde explica que “para se confirmar um óbito pela doença, é preciso uma avaliação criteriosa dos aspectos clínicos epidemiológicos considerando o histórico pregresso do paciente e a realização de exames laboratoriais específicos”. Não há prazo para que os óbitos sejam confirmados ou descartados. Se comprovadas, as mortes poderão ser as primeiras registradas no Brasil.

Contrapondo o que diz o Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde afirma, em nota, que os óbitos foram confirmados após “análises criteriosas realizadas” pela Câmara Técnica de Análise de Óbitos da Diretoria de Vigilância Epidemiológica. A primeira morte ocorreu em 27 de março, enquanto a segunda foi registrada em Itabuna, em 10 de maio – a vítima morava em Camamu.

Após três meses do primeiro óbito, o Ministério da Saúde ainda não reconheceu a causa da morte.

Ambos os óbitos confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde foram de mulheres, não gestantes, sem comorbidades e com idade entre 21 e 24 anos. Os primeiros sintomas foram febre, dor de cabeça, diarreia, náuseas e dores nos membros inferiores. Os quadros evoluíram para sintomas mais graves, como manchas vermelhas e roxas pelo corpo, além de sangramentos nasal, gengival e vaginal.

Um artigo assinado por 20 especialistas reforça que as mortes foram decorrentes de infecção por febre oropouche. A pesquisa foi publicada no dia 16 de julho, em versão inicial para revisão. Os especialistas analisaram que a evolução dos casos foi similar a uma infecção grave pelo vírus da dengue.

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