Projeto é parte do edital Territórios Criativos, da Fundação Gregório de Mattos (FGM)

Mulheres em situação de vulnerabilidade social na região de Cajazeiras estão sendo capacitadas para ingressar no mundo do empreendedorismo por meio de oficinas de pintura e customização. Inspirado no resgate e na manutenção da representatividade negra, dos orixás e da moda, o projeto Filhos do Congo: Quebrando Padrões Estéticos está proporcionando essa oportunidade.
Desenvolvido pelo Afoxé Filhos do Congo e apoiado pela Prefeitura de Salvador através do edital Territórios Criativos, da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) e Ministério da Cultura, o projeto oferece um curso na modalidade híbrida, com aulas online e presenciais na sede da Associação Comunitária e Recreativa Afoxé Filhos do Congo, em Boca da Mata.
Ao longo de 20 encontros que ocorrerão de maio a agosto, as participantes aprenderão a criar peças com sobras e tecidos, com foco na produção de arte que retrata mulheres, homens, crianças negras e orixás. Além disso, o curso busca fortalecer a representatividade e enaltecer as religiões de matriz africana.
A diretora do projeto, Tais Santana, destaca que a expectativa é estimular as trocas de conhecimentos e experiências sobre temas como racismo e empreendedorismo negro. Segundo ela, o objetivo é mostrar como essas questões influenciam na ascensão e conquista de espaços de poder na sociedade, além de estimular a criatividade e despertar talentos muitas vezes ocultos.
A segunda edição do projeto conta com a participação de 20 mulheres, com idades entre 14 e 89 anos. Além do aprendizado, as participantes recebem auxílio-transporte para cada aula, alimentação e materiais para as aulas práticas. Como forma de incentivo, parte das produções criadas durante o curso também é destinada às participantes.