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Balde d’água, novos ninhos e bancada da vergonha; Senta que lá vem fofoca

Em cima do muro:

Dos 434 deputados federais que votaram sobre a manutenção, ou não, do deputado carioca Chiquinho Brazão (sem partido) na prisão, 129 deles foram favoráveis ao acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, em 2018. Da bancada baiana, participaram da votação 33 deputados e quatro destes, não tiveram coragem de se posicionar e ficaram em cima do muro. A vergonhosa abstenção ficou por conta do ex-vice-governador da Bahia João Leão (PP), Leur Lomanto Jr (União), Paulo Magalhães (PSD) e Arthur Maia (União).

Bancada da vergonha:

Mas acreditem – o constrangimento ainda foi pior. Ainda estou sentindo vergonha dos responsáveis pelos votos contra a manutenção da prisão de Chiquinho, pelo duplo homicídio. Foram eles: Capitão Alden (PL-BA), Dal Barreto (União), Elmar Nascimento (União), José Rocha (União) e Paulo Azi (União). Vale lembrar que Elmar Nascimento é pré-candidato à presidência da Câmara dos Deputados e tem o apoio de aliados do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues.

Foto: Divulgação.

Bandido bom é bandido amigo:

Engraçado que muitos dos deputados federais da direita, que ontem votaram em favor de Chiquinho Brazão, são defensores da tese que “bandido bom é bandido morto”. Mas quando o bandido é deputado e aliado está tudo liberado, né? Se a vítima do bandido amigo for uma mulher preta, então… aí o perdão está garantido! Eu vou parar por aqui porque tô até com náusea.

Foto: Divulgação.

Jerônimo flopado:

Quem frequenta as agendas públicas do governador da Bahia, em Salvador, sabe que os eventos oficiais vêm contando, cada vez menos, com a cobertura da imprensa local. No último sábado passado (06), participei da atividade, quase que eu saio do anonimato e mostro minha fuça, fazendo as vezes de repórter para Jerônimo. Entendam-me: a pauta era importantíssima, o Governo da Bahia anunciou a implantação de centros de atendimento para pessoas com autismo, mas a imprensa não deu as caras. Também pudera… Quem quer esperar 4 horas de evento para entrevistar o homem? Sem falar que esta agenda nobre merecia acontecer num dia de semana, né? Inclusive, para ter maior repercussão e visibilidade. Tenho dúvida se a escolha da data e a falta de mobilização da imprensa foi um erro ou mais um boicote.

Aquaman:

O prefeito Bruno Reis virou piada, mais uma vez, depois de posar para a foto dentro d’água, durante visita às áreas alagadas pela chuva em Salvador. Na imagem publicada em seu perfil no Instagram, o galã de Anitta apareceu com a água na altura do joelho, de botinha, em “contra-plongée”, um ângulo utilizado no marketing político para imprimir a ideia de superioridade, altivez e firmeza. A equipe de comunicação da Prefeitura de Salvador quis transformar Bruno em super herói com o registro, mas a estratégia deu com os burros (literalmente) n’água, com o perdão do trocadilho. Bruno foi ridicularizado e acusado de oportunismo por produzir a cena.

De camarote:

Quem observou o mico do prefeito em posição privilegiada foi o vice-governador, Geraldo Júnior. O pré-candidato de Jerônimo Rodrigues para a Prefeitura de Salvador nas eleições de outubro aproveitou a oportunidade para questionar Bruno Reis: “Tudo que a gestão municipal tem a fazer é tocar sirene de emergência e dizer que choveu acima da média?”, questionou Geraldinho, utilizando as suas  redes sociais. A abordagem também foi vista como oportunista, mas o prefeito sentiu a porrada e escalou o vereador Kiki Bispo para fazer a defesa. ““ Uma coisa Geraldinho tem razão, “chover acima da previsão” é o “novo normal” diante das” mudanças climáticas globais” e a Prefeitura precisa adotar medidas preventivas para evitar tanto prejuízo á população soteropolitana.

Balde d”água na festa de aniversário:

Nesse contexto de caos em Salvador, o Festival da Cidade miou e o aniversário de 475 anos da primeira capital do Brasil passou batido. Zero repercussão na imprensa e nas redes sociais, afinal, quem ia ter a cara de pau de comemorar alguma coisa com tanta vulnerabilidade na cidade? Eu mesma, não tive coragem de colocar meus pés na rua com tanto alagamento. Meu Monza ainda não é anfíbio e nem é impermeável como a bota de Bruno Reis.

Premonição:

Bell Marques deve ter bola de cristal ou um excelente serviço meteorológico. Em março, o cantor pediu ao prefeito para adiar o show de 10 horas que estava programado para o Festival da Cidade. Bruno Reis acatou e adiou o “show histórico” de 7 de abril, para o dia6 de julho. Muito mais próximo do início da campanha eleitoral, né Bruno Reis?

Juca e Kannário em novos ninhos:

A sensação que tive vendo Igor Kannário filiado ao PSB foi a mesma que tive quando vi Marcelo Castro no SBT. O discurso das duas instituições vai por um caminho e os personagens escolhidos por ambas vão na direção contrária. Soube que os pré-candidatos do PSB estão mobilizados para impedir a candidatura de Kannário. Já os funcionários da emissora não podem fazer o mesmo pois correm o risco de demissão em massa. Afinal, a audiência de Marcelo Castro, certamente, vai ser maior que a audiência de todos os outros programas juntos. E o faturamento comercial acaba que vai no mesmo embalo. Por falar nisso, lembrei que tem gente me devendo PIX, mas agora que eu tenho uma coluna semanal, fico pensando em cobrar publicamente, caso o dinheiro “não caia na conta” até a próxima quinta-feira.

Kannário x Russo:

Alguns dias, após a ida de Igor Kannário para o PSB, partido da base do governador Jerônimo Rodrigues, aliados do prefeito Bruno Rei  plantaram na mídia a informação que o grupo político do atual prefeito tentou lançar a candidatura de Russo Passapusso para a Câmara Municipal de Salvador. Detalhe: não conseguiram nem sentar com o líder da Baiana System para tratar do assunto, mas já venderam essa pauta para a imprensa, como se tivesse havido convite e diálogo em torno dessa possibilidade. O que está por trás da estratégia é muito claro: vincular o queimadíssimo Kannário ao grupo de Jerônimo e o respeitadíssimo Passapusso ao grupo de Bruno, ainda que todos saibam que essa aliança nunca existiu e nunca acontecerá.

Machismo perverso:

Foto: Reprodução.

A misoginia e o machismo estão tão impregnados na política baiana que os machos da direita e da esquerda se aproveitam das mulheres, da forma mais cretina e sem nenhum constrangimento. Se a direita tende a manter a vice-prefeita, Ana Paula Matos, na chapa de Bruno Reis para garantir a representatividade feminina na campanha, a pseudo esquerda, de Geraldo Júnior, vem assediando a ex-senadora e primeira prefeita da história de Salvador, a deputada federal Lídice da Mata. Depois de tentá-la convencer a ocupar a vaga de vice na chapa, o vice-governador da Bahia e pré-candidato à Prefeitura da capital baiana agora quer Lídice à frente da sua coordenação política. Tô só esperando para ver se o PSOL também vai se valer da mesma estratégia.

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