Publicado na revista Science Advances, o estudo analisou quatro décadas de registros de temperatura e variáveis atmosféricas em todo o planeta
A mudança climática tem intensificado as ondas de calor, tornando-as mais frequentes e amplas. Agora, um novo estudo revela que essas massas de ar quente estão se movendo mais devagar do que antes, potencializando ainda mais os efeitos desses eventos extremos.
Publicado na revista Science Advances, o estudo analisou quatro décadas de registros de temperatura e variáveis atmosféricas em todo o planeta. Os pesquisadores descobriram que a velocidade média de deslocamento das frentes de ar quente caiu de 360 para 325 quilômetros por dia.
Embora a mudança possa parecer pequena, ela tem implicações significativas, pois significa que as ondas de calor “estacionam” por mais tempo em uma área, aumentando a exposição a temperaturas extremas.
Os pesquisadores também usaram os dados para criar uma simulação climática, mostrando como a Terra se comportaria se a concentração de CO₂ não estivesse aumentando. Os resultados confirmaram que a mudança climática está por trás da desaceleração das massas de calor.
Este fenômeno tem consequências importantes para a saúde humana, a agricultura e a biodiversidade do planeta. As ondas de calor mais lentas e mais longas causarão impactos mais devastadores no futuro se a emissão de gases de efeito estufa continuar aumentando e nenhuma medida efetiva for tomada para mitigação. Portanto, é crucial que tomemos medidas para combater a mudança climática e minimizar seus efeitos.
Fonte: Metro 1
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil