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Ho-ho-ho e atenção com as compras de Natal

Você já observou que, mesmo estando em uma país tropical, todas as avenidas, praças e principalmente centros de compras estão coberto por flocos de neves, estrelas de gelo, luminárias, pinheiros e renas? É isso mesmo, chegou o Natal! Época de confraternizar com os amigos e familiares e obedecer a orientação do bom velhinho, que diz que “é hora de distribuir presentes”.

Apesar da atmosfera afetiva, festiva e lúdica em volta do conto do Natal, boa parte desta empolgação é produzida, uma vez que toda essa festa, que em princípio seria religiosa, acabou se configurando como mais um evento comercial rentável.

Este ano, a estimativa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) é de que cada consumidor presenteie até quatro pessoas próximas e que o valor médio de cada uma desses presente fique em torno de R$ 138. Todas essas compras fazem como que o período movimente aproximadamente R$ 74,6 bilhões, de acordo com a pesquisa divulgada no último dia 7 de dezembro. Eba! Muita gente vai receber um presente bacana.

É um momento importante e movimentado para todos os segmentos da economia: indústria, agropecuária, importação, comércio e serviços. Isso porque, para o Natal acontecer, as indústrias precisam fabricar com antecedência e estocar os itens natalinos; o agronegócio precisa produzir e fornecer as frutas, verduras, vegetais e carnes típicas do Natal; e o comércio precisa encher as lojas e convidar os clientes, através de publicidade, e trabalhar muito para intermediar essa transação entre o produtor com o público consumidor.

É uma época também que gera muitas oportunidades de trabalho formal e informal e ajuda muita gente a ter renda extra nesse período de grande desembolso.

Entretanto, esse também é um período que precisamos ter muita atenção para não ter problemas e uma baita indigestão depois da ceia. Falo desta forma porque, se não tomarmos cuidado, acabaremos gastando muito mais do que podemos, iniciaremos o ano com endividamento e teremos sérios problemas para pagar os compromissos inevitáveis de início de ano. Sério, acredite, é muito fácil ser envolvido pela magia do Natal e se ver chegando em casa com muito mais sacolas do que poderia.

Então, antes de sair todo feliz e deslumbrado como a beleza da decoração dos shopping centers ou empolgado com as propagandas de TV, minha sugestão é que você revise suas economias e planeje o máximo possível sua estratégia para viver tranquilamente e sem surpresas mais essa magia do Natal.

Pegue um papel, uma agenda, uma planilha e escreva tudo que você deseja comprar neste período. Some os valores (pesquise na internet) e avalie se suas economias suportaram todos esses gastos. Se sim, ótimo, segue o jogo. Agora, se a conta não estiver fechando e o valor estimado de gasto estiver maior que sua capacidade de pagamento, você deve ligar o alerta e avaliar se tudo que você listou é realmente necessário ou importante.

Não fique com vergonha de assumir que aquele primo, que é muito gente boa, infelizmente, vai ficar de fora da lista de presentes deste ano ou que, apesar de adorar comer aquele peru gordo, que faz tanto sucesso nas ceias dos filmes e novelas, vai experimentar uma coisa nova. Pode ser que, desta vez, o grande astro da mesa seja o chester ou o bom e velho lombo suíno, e estará tudo bem e feliz na noite de Natal.

Tenha em mente que o importante é você fazer com que a conta feche e que, depois das festas, não chegue um presente atrasado em forma de fatura do cartão de crédito ou carta de cobrança. Não se engane, a festa é linda, mas o verdadeiro Papai Noel dessa história toda é você, que terá que pagar a conta no final. E não vai adiantar escrever a cartinha linda pedindo um dinheirinho, muito menos colocar a meia na janela esperando receber moedas de ouro porque isso só acontece nos filmes e contos infantis.

Espero que todos tenham se planejado e que possam seguir obedecendo o São Nicolau com responsabilidade e sem arrependimentos.

Foto: Hannibal Hanschke/Reuters/Arquivo

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