Obra acompanha os familiares de Maria Cabocla, vizinha de Belonísia, uma das personagens principais do livro de estreia do escritor
Após passagens por São Paulo, Recife, Fortaleza, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro e outras cidades do país, Itamar Vieira Junior está de volta à sua terra natal, Salvador, para lançar o livro “Salvar o Fogo”. Uma nova sessão de autógrafos ocorrerá na capital baiana na próxima terça-feira (19), a partir das 19h, na Livraria Escariz, que fica no Shopping Barra.
A obra é uma espécie de derivação do romance best-seller “Torto Arado”: acompanha os familiares de Maria Cabocla, vizinha de Belonísia, uma das personagens principais do livro de estreia do escritor. As informações são do portal Alô Alô Bahia.
Os protagonistas Luzia e Moisés, irmãos de Maria Cabocla, vivem em um povoado no interior da Bahia. De origem humilde — o pai é agricultor e a mãe dona de casa —, Luzia ganha a vida como lavadeira e cria Moisés como se fosse o próprio filho.
Foi graças a ela que o menino conseguiu uma vaga para estudar na escola comandada por monges. O que era para ser um privilégio, no entanto, vira tormenta. Moisés vê de perto os abusos do padre reitor e jura se vingar.
Lançamentos presenciais de “Salvar o Fogo” com o escritor baiano já reuniram centenas de pessoas em grandes filas, esperando por um autógrafo do autor best-seller. “O interesse das pessoas pelo livro vem do fato de eu e os leitores compartilharmos uma história que é nossa”, avalia o escritor. “Embora o que escrevo seja ficção, é uma literatura permeada um pouco pela história brasileira, imaginando o que é o Brasil, as nossas questões, os nossos traumas e as nossas dores”.
Também há um pouco de esperança, pondera Itamar: “Ela está presente quando se trata da libertação, que vem pelo conhecimento”.
A crítica social dá o tom ao novo romance. A chegada dos monges ao povoado e o modo autoritário como eles ditam as regras são alegorias sobre a responsabilidade da Igreja Católica no apagamento sociocultural do Brasil. A resistência de Luzia, por sua vez, representa a luta pelo direito à terra e ao território, negado a muitos brasileiros.
Fonte: Alô Alô Bahia
Foto: Divulgação