Autora reivindica a narrativa de sua própria trajetória e a identidade de mulher negra, lésbica e diaspórica.
A romancista e documentarista canadense Dionne Brand lançará, nesta quinta-feira (30), o livro de poesia “Nenhuma língua é neutra” e a coletânea de ensaios “Pão tirado de pedra: raça, sexo, sonho e política”, publicados no Brasil pela editora Bazar do Tempo, em Salvador (BA).
Lançados em novembro, as obras têm tradução de Lubi Prates e Jade Medeiros.
Nascida em Trinidad e Tobago e radicada no Canadá, Dionne Brand, que também é a poeta e ensaísta, tem 23 livros publicados e foi duas vezes vencedora do prêmio Toronto Book Award (2006 e 2019).
Nas duas obras, Brand reivindica a narrativa de sua própria trajetória e a identidade de mulher negra, lésbica e diaspórica. Sua poesia tem as cores e os cheiros do Caribe, evoca os traumas da escravidão e as memórias da infância.
Com evento de lançamento das duas novas obras marcado para o dia 30 de novembro, a partir das 19h, no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC), Dionne participará de conversa com Christina Sharpe, autora das obras “No vestígio – Negridade e existência” e “Algumas notas do dia a dia”, traduzidas por Jess Oliveira. A mediação será conduzida pela escritora e historiadora Luciana da Cruz Brito.
SINOPSE
NENHUMA LÍNGUA É NEUTRA
Uma jornada que parte de Trinidad rumo ao Canadá. Duas terras tão distintas, assim como suas línguas. Línguas são histórias e culturas. No cruzamento de geografias e tempos, Dionne Brand reivindica a narrativa de sua própria trajetória e a identidade de mulher negra, lésbica e diaspórica. Sua poesia tem as cores e os cheiros do Caribe, evoca os traumas da escravidão e as memórias da infância, reflete sobre a alienação de imigrantes, se endereça a mulheres que participaram da revolução na ilha de Granada e fala de amor.
O livro tem tradução de Lubi Prates e Jade Medeiros, com posfácio de Tatiana Nascimento e orelha de Fernanda Silva e Sousa.
Pão tirado de pedra: raça, sexo, sonho e política
Nessa coleção de ensaios, Dionne Brand lança um olhar incisivo e poético para questões sobre sexo, sexismo e autonomia sexual; política, comunidade e a centralidade da branquitude na cultura canadense; diáspora e imigração; violência e estereótipos; imaginação racial e também música, arte, literatura e liberdade. Tudo isso com a escrita afiada da autora. Publicado pela primeira vez em 1998, o livro evoca debates atuais, com enorme influência na cultura contemporânea.
O livro tem tradução de Lubi Prates e Jade Medeiros, com posfácio de Jess Oliveira e Bruna Barros, e orelha de Luciana da Cruz Brito.
SOBRE DIONNE BRAND
Dionne Brand é poeta, ensaísta, romancista e documentarista nascida em Trinidad e Tobago, em 1953, e radicada no Canadá. É autora de mais de vinte livros e recebeu diversos prêmios, entre eles, o Toronto Book Award (2006 e 2019), o Blue Metropolis Violet Prize, o OCM Bocas Prize de ficção e o Windham-Campbell Prize de ficção em 2021. Em 2017, Brand foi nomeada para a Ordem do Canadá.
Foto: The University of the West Indies (UWI) Toronto Benefit Awards