Ex-presidente e outros três citados questionaram legitimidade da tramitação do inquérito das joias sauditas no STF
A Polícia Federal (PF) deu início, às 11h de hoje (31), às oitivas simultâneas de depoimentos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e de outras seis pessoas citadas em inquérito sobre a negociação ilegal presentes oficiais nos Estados Unidos.
Além dos Bolsonaro, são ouvidos o ex-ajudante de ordens de ex-presidente, Mauro Cid; o general da reserva, Mauro Lourena Cid; Frederick Wassef: advogado de Bolsonaro; o ex-chefe da comunicação do governo anterior, Fabio Wajngarten; e os assessores de Bolsonaro, Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara.
A PF visa aplicar a estratégia do “dilema do prisioneiro” para evitar a criação de um padrão de respostas e versões entre os investigados, além de facilitar checagem de divergências.
Em notas divulgadas após, aproximadamente, uma hora do início dos depoimentos, as defesas de Jair e Michelle Bolsonaro, assim como as de Fábio Wajngarten e Marcelo Câmara, comunicaram que os citados ficarão em silêncio. A decisão fez com que as oitivas se encerrassem.
Conforme veiculado pelo g1, as notas das defesas justificavam o silêncio com o questionamento sobre a legitimidade da tramitação do inquérito Supremo Tribunal Federal (STF). Os advogados defendem a tese da Procuradoria-Geral da República (PGR), que orientava que o caso deveria ficar na 6ª Vara Federal de Guarulhos (SP), onde havia uma apuração ligada ao inquérito em questão.
A decisão sobre em qual instância deveria tramitar o caso foi do ministro Alexandre de Moraes, no começo do mês.
Até o fechamento desta matéria, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o advogado Frederick Wassef ainda prestavam depoimento à Polícia Federal.