Deputada é apontada como responsável por articular uma invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça
Após mais uma rodada do interrogatório do hacker Walter Delgatti, a Polícia Federal intimou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a depor no inquérito que apura informações prestadas por ele. Segundo a defesa de Zambelli, o depoimento deve ocorrer na semana do dia 12 de setembro.
Durante o depoimento à CPMI dos Atos Golpistas, o hacker Walter Delgatti afirmou que Carla Zambelli prometeu a ele um emprego na campanha de reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele também afirmou ter recebido um total de R$ 40 mil de Zambelli. De acordo com o advogado dele, Ariovaldo Moreira, os pagamentos tinham o objetivo de custear a invasão do CNJ.
A deputada é apontada como responsável por articular uma invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inclusão de um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A defesa diz ter entregue à PF comprovantes de transferência via Pix no valor de R$ 13.500, feita por duas pessoas ligadas a Zambelli, e que os demais R$ 26,5 mil foram pagos em espécie – sem explicar como e quando esse dinheiro foi entregue.
A defesa de Zambelli nega que as transferências tenham relação com a invasão do CNJ.
À PF, Delgatti disse que, em agosto de 2022, foi levado por Zambelli para um encontro com o então presidente Jair Bolsonaro (PL) no Palácio da Alvorada, residência oficial, para discutir ataques às urnas eletrônicas.