Decisão vai de contra a da relatora da CPMI
O deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), presidente da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro, teria blindado militares de alta patente da pauta da reunião que acontece nesta quinta-feira (23).
Segundo a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, a decisão de poupar generais teria ocorrido após o parlamentar baiano participar de um café da manhã com a cúpula do Exército Brasileiro.
Apesar disso, a decisão de Maia foi contrária a da relatora da CPMI, que gostaria de ter fechado o cerco contra os militares investigados, agendando os depoimentos ao colegiado dos generais Gonçalves Dias, ex-ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); Augusto Heleno, ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL); e Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto.
Tanto Dias quanto Heleno e Dutra de Menezes já têm suas convocações aprovadas na CPMI, mas apenas o ex-ministro de Lula possui data marcada para prestar depoimento: dia 31 de agosto.
A pauta para esta quinta-feira prevê votação de requerimentos de convocação do segundo-tenente do Exército, Osmar Crivelatti, que é considerado o braço direito do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.
Além da sua convocação de Crivelatti, a CPMI também vota nesta quinta as convocações de um coronel e um subtenente da Polícia Militar do Distrito Federal, além de uma série de pedidos de quebra de sigilos fiscais e também telefônicos.