Indianos querem estudar a presença de água na lua, que foi detectada durante a 1ª viagem espacial da missão chamada Chandrayaan-3, em 2008
“A Índia agora está na Lua”, foram as palavras de Narendra Modi, primeiro-ministro indiano, ao comemorar o pouso de Vikram, módulo de aterrissagem do país, no polo sul lunar. O feito histórico aconteceu hoje (23), por volta das 9h33 da manhã, no horário de Brasília.
Sreedhara Panicker Somanath, presidente da agência espacial indiana Indian Space Research Organisation (ISRO), declarou “conseguimos um pouso suave na Lua”. Apesar da comemoração, a superfície lunar onde a sonda indiana desceu é um terreno composto por perigos como encostas íngremes e crateras, além de temperaturas que chegam a -203°C, uma vez que o polo não recebe luz solar.
Saber que o módulo não foi destruído, mesmo em um terreno com características extremas que dificultam a operação de equipamentos para explorar a região, colabora com a expectativa dos cientistas que buscam por água congelada no lado escuro Lua.
A primeira viagem espacial da missão Chandrayaan-3 ocorreu em 2008 e detectou a presença de água na superfície lunar. Para a BBC, o professor de robótica espacial na Universidade Shiv Nadar University, Akash Sinha, disse que “ainda precisamos de muito mais detalhes sobre onde e quanta água existe, e saber se toda ela está congelada”.
O triunfo da missão indiana acontece poucos dias depois da colisão da primeira missão lunar da Rússia em 47 anos, que bateu contra a superfície ao tentar pousar na mesma região no último domingo (20). Segundo o jornal The New York Times, Estados Unidos, Japão, Europa, China e Israel também tentaram pousar na superfície lunar, mas todas as missões falharam.
