Walter contou ter encontrada o ex-presidente durante um café da manhã, em agosto do ano passado
Nesta quinta-feira (17), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou que apresentará uma queixa-crime contra o hacker Walter Delgatti Netto por crimes contra a honra. De acordo com advogados, as falas de Netto na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) foram avaliadas como calúnia e difamação.
Durante depoimento, Delgatti Netto afirmou que escutou o ex-presidente falando que o governo já tinha conseguido grampear o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e pediu que ele assumisse a autoria do crime.
“Segundo ele [Bolsonaro], eles haviam conseguido um grampo, que era tão esperado à época, do ministro Alexandre de Moraes. Que teria conversas comprometedoras do ministro, e ele precisava que eu assumisse a autoria desse grampo”, disse Delgatti.
Na ocasião, o hacker contou que encontrou o ex-presidente durante um café da manhã, em agosto do ano passado, em que ele o questionou sobre a possibilidade de invadir as urnas eletrônicas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Eu era o hacker da Lava-Jato, né. Então, seria difícil a esquerda questionar essa autoria, porque lá atrás eu teria assumido a ‘Vaza-Jato’, que eu fui, e eles apoiaram. Então, a ideia seria um garoto da esquerda assumir esse grampo”, afirmou.