Parlamentares homenagearam mulheres do movimento e presidente Lula apresentou iniciativas de proteção e incentivo
Nesta terça-feira (15), a 7ª Marcha das Margaridas levou centenas de mulheres a ocuparem o o plenário do Senado Federal, em sessão extraordinária em homenagem ao evento.
A sessão foi requerida e presidida pelo senador Beto Faro (PT-PA) que discursou sobre dupla jornada feminina e direitos fundamentais.
“Não deveria ser assim, mas, segurança alimentar, moradia renda, uma vida sem violências, ainda são privilégios de uma minoria, apesar de compor direitos universais previstos na Constituição Federal. A responsabilidade de mudar esse cenário é de todos os brasileiros e brasileiras, mas principalmente de nós, representantes eleitos pelo voto direto da população”, afirmou o parlamentar.
Na ocasião estavam presentes a coordenadora-geral da Marcha das Margaridas e secretária de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a piauiense Mazé Morais, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, a representante da Marcha Mundial de Mulheres, Sônia Maria Coelho Gomes Orellana e entre outras.
O ministro do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira aproveitou a ocasião para enumerar as ações do governo federal nos primeiros oito meses de gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, voltadas às mulheres.
Entre elas estão o incremento de recursos federais na assistência técnica rural (Ater) na agricultura comandada por mulheres, no país; no Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae), as compras públicas de alimentos para os órgãos públicos, como hospitais, quarteis das Forças Armadas; o Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Mulher, o financiamento para compra de pequenos maquinários agrícolas que beneficiam esse público, entre outras.
Após a sessão solene no Congresso, as margaridas retornaram ao Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília.
Já nesta quarta-feira (16), o presidente Lula lançou o Pacto Nacional de Prevenção ao Feminicídio e anunciou uma série de medidas voltadas para trabalhadoras rurais, o que inclui o Plano Emergencial de Reforma Agrária que deve beneficiar mais de 45,7 mil famílias. A iniciativa ainda deve oferecer assistência técnica e R$ 13,5 milhões para agricultoras e ações de agroecologia.
Segundo o g1, o governo informou que serão criados oito assentamentos e que 5.711 novas famílias serão assentadas, com outras 40 mil famílias tendo a situação regularizada.