Documento de 45 páginas contendo cinco acusações foi apresentado na última terça-feira (1º) à justiça americana
Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, foi formalmente acusado de tentar interferir no resultado das eleições de 2020, o que levou à invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Outros seis co-conspiradores também foram acusados, entretanto, seus nomes ainda não foram divulgados.
Um documento de 45 páginas foi entregue ao Tribunal Federal contendo cinco acusações, quatro delas de conspiração:
- conspiração para fraudar os Estados Unidos;
- conspiração para obstruir um procedimento oficial do governo americano;
- obstrução e tentativa de obstrução de um procedimento oficial;
- e conspiração contra direitos civis [votar e ter o voto validado].
O arquivo diz que, mesmo depois de perder o pleito, Trump estava determinado a continuar no poder nos Estados Unidos. O ex-governante deverá se apresentar ao Tribunal de Washington nesta quinta-feira (3).
Segundo as afirmações do procurador especial Jack Smith no documento da acusação, Trump e os co-conspiradores teriam pressionado autoridades estaduais e eleitorais a mudarem seus votos para favorecê-lo.
Eles também teriam tentado recrutar eleitores falsos em estados em que Biden venceu.
Eles teriam ainda usado o poder de Justiça para abastecer mentiras, pressionado pelo atraso do certificado das eleições, além de explorar o caos de 6 de janeiro, com a invasão do Capitólio, para reforçar mentiras sobre a eleição.
Jack Smith, que liderou as investigações sobre o caso, disse que a interferência do ex-presidente americano levou a um ataque sem precedentes que foi alimentado pelas mentiras de Trump. Ele acrescentou que deseja um julgamento rápido, para que as evidências possam ser testadas no tribunal e julgadas por cidadãos.