Episódio da7ª temporada do Umbu Podcast, que traz como tema o bicentenário do 2 de julho, faz parte do projeto “Heróis e Heroínas da Independência do Brasil na Bahia” e é patrocinado pelo Governo do Estado através da Sufotur
O novo episódio da 7ª temporada do Umbu Podcast foi gravado, nesta segunda-feira (10), diretamente do auditório do Colégio Estadual Pedro Paulo Marques e Marques. As apresentadoras do programa, Camilla França e Mirtes Santa Rosa, conversaram com a professora de História do Colégio, Lúcia Goes sobre a importância do bicentenário do 2 de julho.
A gravação do episódio, que compõe a 7ª temporada do programa, foi patrocinada pelo Governo do Estado, através da Sufotur (Superintendência de Fomento ao Turismo) e faz parte do projeto “Heróis e Heroínas da Independência do Brasil na Bahia”, que busca promover a participação de pessoas negras, povos indígenas e mulheres no processo de emancipação do país.
Estiveram presentes na gravação do episódio, os estudantes do Colégio Estadual Pedro Paulo Marques e Marques. Além da participação da professora Lúcia, as apresentadoras do Umbu Podcast conversaram ainda com os estudantes Ivan Noah e Luís Henrique, que contaram a sua relação com o desfile do 2 de julho.
“Gosto dos movimentos democráticos, da participação estudantil e social, nesse meio que também se torna político. Está ali, com os diferentes tipos de lutas, para que possa ser visibilizado, comemorado e resgatar esse momento histórico”, conta Luís Henrique, estudante do Colégio Estadual Pedro Paulo Marques e Marques.
Já para a professora Lúcia Goes, a sua parte favorita do cortejo são os carros alegóricos que carregam os caboclos, a participação dos povos indígenas e a história dos Encourados de Pedrão. “Esse ano fui rapidinho, não pude ficar até o final como gosto, mas notei que as pessoas estão mais envolvidas, a partir do entendimento e do conhecimento sobre a história do 2 de julho, da função política, econômica”, diz Lúcia.
Quem também tem uma relação especial com o desfile do 2 de julho, é o jovem Ivan Noah. “Participo de uma banda chamada Bamesk, ela tem várias alas como linha de frente, a parte da dança e a parte marcial. Atualmente, toco trompete, mas já toquei prato, meia lua e estive presente no cívico também, que é o pessoal que marcha com a bandeira do Brasil, da Bahia e de Salvador”, explica Ivan.
A 7ª temporada do Umbu Podcast traz como tema o bicentenário do 2 de julho, destacando o protagonismo da Bahia, de mulheres e do povo preto na história de libertação do Brasil como colônia de Portugal. Já estão no ar os episódios “O sete de setembro flopou” com a educadora Tamires Costa, “A Bahia vai à luta” com o professor e pesquisador Clissio Santana e “As mulheres no front” com a educadora e escritora Bárbara Carine.
O projeto Heróis e Heroínas da Independência do Brasil na Bahia é uma realização da Realiza, em parceria com Umbu Cultura & Comunicação e conta com o apoio do Governo do Estado da Bahia, através da Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur).
Mulheres na luta
Nesses 200 anos da Independência do Brasil na Bahia, o povo realizou um movimento de resgate de mulheres que participaram ativamente da luta contra a dominação portuguesa. A professora Lúcia ressalta a importância de celebrar a força e a coragem de Joana Angélica, Maria Felipa e Maria Quitéria, que contribuíram diretamente para a emancipação do Brasil.
“Essa data serve para lembrar os esquecidos. As amnésias convenientes, os silenciamentos convenientes. A participação feminina é fundamental, pois mostra a força que temos. Essas mulheres deixam um legado, esses três ícones nos deixam uma demonstração de coragem, de força, de estratégia e resistência. Maria Felipa, Joana Angélica e Maria Quitéria vivem em nós”, explica.
Ainda segundo a professora, levar esse debate para o ambiente escolar é essencial para as novas gerações se aproximarem dessas histórias. “Mostra aos estudantes e aos profissionais de educação que vida e escola caminham juntas. Não adianta a gente erguer muros e ficar isolados aqui dentro, entregues a um currículo formal e centralizado na Europa, quando fora dos muros estão ocorrendo fatos e processos extremamente relevantes”, complementa a docente.
Primeira vez gravando um podcast, a professora Lúcia conta para a nossa reportagem a sensação de participar de um programa ao vivo. “Foi uma experiência rica. Pensei até que fosse uma coisa complicada, mas foi muito prazeroso participar. Me senti em casa”, conclui.