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Conheça Matheus Buente o professor de história que usa a criatividade para compartilhar conhecimentos

Conversamos sobre os 200 anos da Independência da Bahia, literatura e criatividade

2 de julho, literatura e criatividade foram alguns dos temas da entrevista feita com o professor de história e comediante, Matheus Buente. Sucesso no instagram, Matheus reúne 119 mil seguidores. Famosos como Lázaro Ramos, Débora Bloch e Paulo Vieira, seguem o professor que produz conteúdos sobre história, Independência da Bahia e cortes de algumas de suas apresentações de Stand Up Comedy. Já os seus vídeos contabilizam cerca de 200 mil visualizações.

Apesar de se definir essencialmente como professor de história, desde 2015, Buente concilia as atividades na sala de aula com as apresentações de Stand Up Comedy. Segundo Matheus, o incentivo dos amigos foi determinante para explorar esse lado mais artístico.

“No momento em que eu tive contato com essa área, conforme fui conhecendo as expressões artísticas, esse contato vai despertando na gente uma vontade de cantar, dançar e fazer alguma coisa. Há uns 8 anos atrás eu tive um contato com a comédia Stand UP que se popularizou no Brasil recentemente, a partir daí, foi surgindo uma vontade de fazer e as pessoas a minha volta sempre incentivando a explorar”, revela.

Já o interesse pela área de História, surgiu ainda no ensino médio, quando integrou o Movimento Estudantil Secundarista. ”Neste movimento, havia muitas pessoas de história, logo, acabei indo por esse caminho por acreditar que poderia fazer algo diferente. É uma profissão que também é ligada às questões sociais”, explica Buente.

Compartilhar conhecimentos é um dos principais objetivos dos professores, no entanto, ensinar de forma criativa pode ser um desafio para uma classe que enfrenta uma rotina agitada. Sobre seu processo de criatividade, Matheus afirma que é algo comum na sua profissão. “Vem muito da necessidade mesmo. Quando a gente vira professor, o fato de estudar cognição e didática, o processo de aprendizado não é tão criativo assim, então eu uso muito a técnica como, por exemplo, planejamento de como aquela informação será passada, e menos a criatividade”.

As suas preferências literárias se relacionam com a sua profissão, isso porque, segundo o professor, seus gêneros literários favoritos são livros de história e comédia. “No último trabalho precisei ler bastante Luís Henrique Dias Tavares, “História da Bahia”, já os livros de comédia e li recentemente “História Cultural do Humor”, que é uma coletânea de artigos sobre o que é que as pessoas achavam engraçado ao longo do tempo. Tem diversos historiadores neste compilado. Ultimamente tenho feito leituras mais técnicas e menos ficcionais”, explica Matheus.

Nas horas de lazer, Matheus é do time de Marília Gabriela, que durante entrevista ao Programa do Porchat na Record, revelou que prefere não fazer nada nas horas vagas, a declaração de Gabi rendeu mais um meme para a sua coleção. “Ter que planejar uma agenda e realizar todas as minhas atividades, me deixa meio cansado, então eu gosto de fazer nada, tipo ficar assistindo besteira na televisão e jogar vídeo game”.

Questionado sobre o que menos gosta na capital baiana, Matheus confessa que o deslocamento pela cidade ainda é um desafio. Confira:  “Não gosto do transporte público, que eu uso muito, odeio andar de ônibus em Salvador. Acho que a população acaba acessando menos os locais da cidade, não indo em lugar que a gente gostaria de ir, porque é difícil você se deslocar.”, conta Matheus.

Já quando interrogado sobre aquilo que ele mais curte em Salvador, o professor revela que prefere as características do soteropolitano. “Curto a agonia. Gosto de Salvador porque ninguém é puro. Está todo mundo meio ligeiro, meio pronto para lhe dar uma resposta. As pessoas são muito irônicas e engraçadas na cidade. Gosto das pessoas”, afirma.

Apesar de ser do time dos que preferem ficar em casa. Seu rolê favorito é pegar um cinema no Glauber Rocha, curtir um barzinho no bairro da Saúde e caminhar com os amigos na Cidade Baixa. “Gosto das praias da Boa Viagem e de Itapuã, principalmente ali na rua da música”. Questionado sobre os destinos turísticos que ainda quer conhecer na Bahia, Matheus revela que gostaria de viajar para a Chapada Diamantina, Mucugê e Lençóis.

2 de julho

Neste domingo, a Bahia celebra os 200 anos da independência do estado. Segundo Buente, o 2 de julho reúne tantas cenas e personagens emblemáticos, que é uma tarefa quase impossível citar apenas um. “As batalhas de Itaparica, a surra de cansanção que Maria Felipa deu nos soldados português. Ainda na ilha, o digníssimo João das Botas que comandava os barcos que, com uma galera em quantidade menor, conseguiu segurar os navios portugueses. Os capoeiristas de Cachoeira, tem a batalha de Pirajá”, complementa Matheus.

Para o professor, enquanto a independência do Brasil, a figura de Dom Pedro I é reverenciada, na Bahia, o povo ajudou a emancipar o estado. “É uma data cívica importante e conhecer essa história é fundamental para que a gente possa valorizar o nosso povo. Diferente da história do 7 de setembro, que é um português, um nobre, que se tornou um herói. No 2 de julho não, são heróis e heroínas, temos mulheres e homens pretos, indígenas. Todos com esse papel de protagonista”, explica Buente.

Matheus Buente foi um dos convidados da 6° temporada do Umbu Podcast. No episódio que foi ao ar no dia 04 de abril deste ano, o professor conversou com as apresentadoras Mirtes Santa Rosa e Camilla França. O papo está ótimo, vale a pena conferir.

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