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5 artistas indígenas para conhecer e acompanhar

A população indígena sempre teve grande influência sobre a cultura brasileira. Apesar das tentativas de apagamento, expoentes dos povos originários sempre marcaram presença através do tempo para relembrar quem já estava no Brasil antes da invasão.

Conforme o Censo Demográfico 2022, 1.693.535 pessoas se declararam indígenas no Brasil. Um total que se faz presente ao longo de 4.832 municípios. O maior índice está no Amazonas, com 490.854 pessoas indígenas, sendo 71,7 mil apenas em Manaus.

Hoje, com a segunda maior população indígena do país – 229.103 pessoas, segundo o Censo Demográfico de 2022 -, a Bahia abriga talentos que expõem por meio de sua arte, a sua identidade cultural e a luta de povos que seguem na luta por direitos, reconhecimento e pela preservação de sua história. Veja 5 artistas indígenas para conhecer e acompanhar:

Yacunã Tuxá
Foto: Micaela Menezes/Divulgação

Ativista dos direitos indígenas e da população LGBTQIA+, Yacunã é nascida em Floresta, município de Pernambuco e vem do povo Tuxá, de Rodelas, na Bahia. Caçula entre quatros filhos da mãe professora e do pai agricultor, é no cotidiano, nas vivências e nas lutas de mulheres indígenas que encontra inspiração para suas obras de arte. Graduanda em Letras na Universidade Federal da Bahia, expressa revindicações e a pluralidade das mulheres indígenas por meio de diferentes linguagens artísticas: ilustrações, pinturas, colagens, fotografia ou texto. Suas obras já integraram exposições como Brasil Futuro: As formas da democracia (Brasília), Degenerado Tibira: o Desbatismo (Manaus-BA) e HÃHÃW: Arte Indígena Antirracista (Salvador-BA).

Conheça mais o trabalho de Yacunã Tuxá em suas redes: Instagram, Behance

Mavi Morais 
Foto: Reprodução/Instagram

Artista visual, colagista digital e fotógrafa, Mavi Morais tem origem Kariri-Sapuyá, da Terra Indígena Caramuru-Paraguaçu, no sul baiano. Conhecida por seu trabalho com colagens digitais, a artista expressa a força, resistência e ancestralidade indígenas, o sagrado e a conexão com a Terra a partir da junção de técnicas digitais com a fotografia para contar uma narrativa visual. Formada em filosofia pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Mavi Morais integrou a equipe de produção da mostra ‘Amotara – Olhares das Mulheres Indígenas’, em 2020. Na exposição ‘Tá Me Vendo? Tá Me Ouvindo? Narrativas do Digital’ (2020-2021), na Casa Niemeyer, em Brasília, a artista expôs as obras ‘Luz, sombra, chuva e estiagem’ (2020) e ‘A grande Mãe’ (2019). Em 2021, a artista visual criou imagens para uma iniciativa de apoio aos povos indígenas, a Choose Earth, em 2021, que mais tarde foi divulgada pela ONU em Londres, Inglaterra.

Conheça mais o trabalho de Mavi Morais em suas redes: Instagram, Behance

Beatriz Tuxá
Foto: Amanda Tropicana

Cantora, compositora e poeta, Beatriz Tuxá tem em seu repertório obras que retratam suas vivências e a história de seu povo, promovendo visibilidade à cultura dos povos originários. De origem Tuxá Kiniopará, a artista nasceu em Ibotirama, no oeste da Bahia e se tornou bacharel em Comunicação com habilitação em Produção Cultural pela UFBA. Com a força de sua arte e de seu talento, Beatriz Tuxá foi uma das artistas a compor a line-up do primeiro ano do festival Frequências Preciosas, em 2024, evento idealizado para ser uma plataforma de ações culturais, com difusão, formação, pesquisa e inovação para o mapeamento e divulgação de trabalhos musicais de mulheres negras e indígenas. 

Conheça mais o trabalho de Beatriz Tuxá em suas redes: Instagram

Xandra Diáfana
Foto: Reprodução/YouTube

Xandra Diáfana é cantora, compositora, atriz, dramaturga, musicista e arte-educadora afroindígena. Filha de um bailarino e de uma diretora teatral, iniciou sua carreira artística como atriz, cantora e dançarina aos 8 anos de idade. Ao longo de sua carreira, realizou mais de 200 trabalhos entre performances e espetáculos junto a Companhia Roda da Baraúna, viajou com o espetáculo “Gonzaga- da nascente à foz”, escreveu e dirigiu algumas peças teatrais, como ‘A Cidade dos Livros’, apresentando-a em várias cidades do território de Itaparica através do edital Calendário das Artes e que tinha como intuito despertar o prazer pela leitura nas crianças. Em 2024, lançou a música ‘Vô Arthur’, e autoria de Bia Pankararu. Em sua obra, a artista privilegiou a preservação da identidade cultural pauloafonsina e sua ligação com o território indígena Pankararu, em Tacaratu, Pernambuco, bem como elementos simbólicos do sertão e das manifestações indígenas.

Conheça mais o trabalho de Xandra Diáfana em suas redes: Instagram, YouTube e plataformas de áudio

Oderiê
Foto: Divulgação

Oderiê é indígena Cha-yúa, cantore, produtore musical e visual, dj, artista multimídia, não-binárie, que através de vários gêneros da Música Afro-brasileira e Indígena Contemporânea, ativa sua cultura e ancestralidade no presente, para além do imaginário sobre o que é ser uma pessoa indígena e em contexto urbano. Com ancestralidade em terras uruguayas, cresceu nas serras do Rio Grande do Sul e hoje vive em Salvador, Bahia, se identifica como um corpo transfronteiriço, filhe do encontro das Pampas com Mata Atlântica, carregando as memórias de antes mesmo dos seus avós. Em 2024, Oderiê integrou o grupo de artistas selecionados pela curadoria do Coletivo Imune e se apresentou na primeira edição do Rolezinho Imune em Salvador, onde apresentou seu projeto “As Flechas”.

Conheça mais o trabalho de Oderiê em suas redes: Instagram, Youtube

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