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33 milhões de brasileiros não possuem acesso ao básico: água e saneamento

Região Nordeste é a mais afetada em todas as dimensões analisadas, segundo o estudo

Apesar do Brasil possuir 12% da reserva de água doce de todo o planeta, o acesso à água e saneamento básico são escassos para uma parcela da população brasileira. É o que revela um estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, com base nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

Jovens com menos de 20 anos, pessoas pretas, pardas e indígenas são as que mais sofrem com a privação de saneamento. 33 milhões de brasileiros não têm acesso à água e saneamento, além de 51 milhões de pessoas não têm contato com esse bem diariamente.

A região Nordeste é a mais afetada em todas as dimensões analisadas, segundo o estudo. Na região, 70,2% das residências não possuem acesso à rede geral de água e estavam abaixo da linha de pobreza
em 2022.

A falta do acesso à água potável recurso para a população brasileira tem origem na má distribuição deste bem, gerando agravamento na insegurança hídrica no país, que também vem sofrendo com as consequências do aquecimento global.

Além da escassez do acesso ao recurso para a população, um estudo realizado pela Repórter Brasil a partir de dados divulgados pelo Ministério da Saúde, mostrou que há presença de 27 tipos de agrotóxicos na água consumida pela população em 210 municípios brasileiros.

Esse dado mostra como a qualidade da água também é afetada no Brasil, acentuando a insegurança hídrica no país.

O tema do acesso à água foi palco de um evento realizado pela We Are Water Foundation Brasil em parceria com ONG Visão Mundial, que destacou a importância da democratização do saneamento básico brasileiro.

A We Are Water chegou ao Brasil em 2023, porém atua desde 2010 na defesa pelo fornecimento de água e saneamento no âmbito internacional.

A organização Visão Mundial realizou uma campanha durante o ano de 2023 que visa levar água para a população que estava passando sede no sertão de Alagoas, chamada “Conectando Amor no Sertão”.

O projeto começou em maio e tem o objetivo de arrecadar 100 cisternas – reservatórios para captação das águas da chuva com capacidade de armazenar até 16 mil litros – para as famílias que vivem sem acesso à água.

As primeiras 20 cisternas já foram doadas e instaladas na Serra do Urubu, Morro do Sabonete e Morro de Santa Luzia.

A segurança hídrica no Brasil é um desafio para diferentes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), dentre eles o número 6 da Agenda 2030 da ONU, que diz respeito à água potável e saneamento.

Com informações do portal Notícia Preta.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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